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Henrique Moretti
E mais um jovem jogador brasileiro está deixando o país. O atacante Celsinho, de apenas 17 anos, da Portuguesa de Desportos, deve se transferir para o Lokomotiv Moscou, da Rússia, no ínicio do ano que vem. As bases salariais já estariam acertadas, segundo o próprio atleta, e a proposta final chegaria a 7 milhões de reais, o que totalizaria nem 3 milhões de dólares, ou seja, praticamente uma mixaria.A situação do futebol brasileiro se caracteriza cada vem mais calamitosa. Se antes os atletas costumavam sair, já cedo, com 20 anos, agora piorou. Celsinho nem maior de idade ainda é e já vai trocar seu país de origem pela gelada Moscou. Literalmente, parece ser uma fria.
Ele é mais um desses jogadores promissores, que brotam aos montes nos campos por Brasil afora. Acabou sendo vice-campeão do Mundial sub-17 esse ano no Perú, e vai embora sem ao menos disputar uma edição da Série A do Campeonato Nacional. No começo do ano, era mero reserva da equipe juníores da Lusa na Copa São Paulo, e chegará à Rússia sem saber o que é enfrentar um Corinthians, um São Paulo, um Flamengo.
Junta-se a ele o garoto dos mesmos 17 anos Anderson, do Grêmio, que também disputa a Série B do Brasileirão. Explodiu no Campeonato Gaúcho de 2005, foi comprado por um grupo de investidores portugueses por 10 milhões de dólares, uma bolada, e será cedido ao FC Porto em 2006. O meia, maior revelação gremista desde Ronaldinho Gaúcho, também sairá antes de completar a maioridade.
Com a debandada, cada vez mais nos acostumamos a ver nossos craques desfilando sua arte em gramados europeus. E mais: alguns atletas, como Thiago Motta e Deco, despontam na Europa praticamente sem ter passado pelo país de origem. Para se ter uma idéia, hoje, do grupo de 23 jogadores que o técnico Carlos Alberto Parreira deve levar à Copa do Mundo de 2006, apenas 3 jogam no Brasil. Ver Kaká no São Paulo, Adriano no Flamengo, Ronaldo no Cruzeiro, Robinho no Santos, todos disputando um grande Campeonato Brasileiro, e juntos, torna-se uma utopia praticamente impossível de ser alcançada.
E ainda tem Jô, Rafael Sóbis, Rosinei e companhia, jogadores ainda sub-23 que apostam nos dólares e rumam ao Velho Continente aos montes, deixando tudo pra trás e sem hora determinada para voltar. O pior é quando o destino é o mesmo de Celsinho, a Rússia, ou outros países do Leste Europeu, como a Ucrânia. A situação exportadora do Brasil, que na época das saídas Romário e Cafu já era apressada, hoje se dá ainda mais prematura. E deixa órfãos os clubes e os amantes do futebol canarinho.
Ele é mais um desses jogadores promissores, que brotam aos montes nos campos por Brasil afora. Acabou sendo vice-campeão do Mundial sub-17 esse ano no Perú, e vai embora sem ao menos disputar uma edição da Série A do Campeonato Nacional. No começo do ano, era mero reserva da equipe juníores da Lusa na Copa São Paulo, e chegará à Rússia sem saber o que é enfrentar um Corinthians, um São Paulo, um Flamengo.
Junta-se a ele o garoto dos mesmos 17 anos Anderson, do Grêmio, que também disputa a Série B do Brasileirão. Explodiu no Campeonato Gaúcho de 2005, foi comprado por um grupo de investidores portugueses por 10 milhões de dólares, uma bolada, e será cedido ao FC Porto em 2006. O meia, maior revelação gremista desde Ronaldinho Gaúcho, também sairá antes de completar a maioridade.

Com a debandada, cada vez mais nos acostumamos a ver nossos craques desfilando sua arte em gramados europeus. E mais: alguns atletas, como Thiago Motta e Deco, despontam na Europa praticamente sem ter passado pelo país de origem. Para se ter uma idéia, hoje, do grupo de 23 jogadores que o técnico Carlos Alberto Parreira deve levar à Copa do Mundo de 2006, apenas 3 jogam no Brasil. Ver Kaká no São Paulo, Adriano no Flamengo, Ronaldo no Cruzeiro, Robinho no Santos, todos disputando um grande Campeonato Brasileiro, e juntos, torna-se uma utopia praticamente impossível de ser alcançada.
E ainda tem Jô, Rafael Sóbis, Rosinei e companhia, jogadores ainda sub-23 que apostam nos dólares e rumam ao Velho Continente aos montes, deixando tudo pra trás e sem hora determinada para voltar. O pior é quando o destino é o mesmo de Celsinho, a Rússia, ou outros países do Leste Europeu, como a Ucrânia. A situação exportadora do Brasil, que na época das saídas Romário e Cafu já era apressada, hoje se dá ainda mais prematura. E deixa órfãos os clubes e os amantes do futebol canarinho.

Um comentário:
Boa matéria, eu nao tava sabendo do celsinho ainda.
O Brasil atualmente eh um exportador de craques, somenteee!!
Porque a infra-estrutura oferecida pelos clubes brasileiros, eh muito precária (citado no coments do rubens).
Eu nao acho q os jogadores têm total culpa nesse fator, eu acho q nao existe apoio da CBF e dos clubes em si.
O futebol brasileiro parou de andar!Ainda mais com problemas de arbitragem, cartolices e td mais, os jogadores temem serem extintos aki msm!! E para sua sobrevivencia a saída eh ir jogar em um mundo totalmente diferente de costumes e cultura.
Mas pelo menos lah eles sao valorizados, nao tanto como deveriam, mas mto mais do q aqui no Brasil.
Abraço Marcelo bela matéria.
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