sexta-feira, abril 14, 2006

Gêmeas na derrota

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Ricardo Stabolito Junior

No cenário nacional, a queda das chamadas “torres gêmeas” do futebol baiano – Bahia e Vitória – já era evidente desde o rebaixamento das ex-potências para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Problemas políticos, financeiros e estruturais nesses clubes se agravaram de tal forma que, ano passado, os dois foram rebaixados para a terceira divisão do futebol brasileiro. Para os especialistas, ambos haviam chegados ao fundo do poço.

Embora enfraquecidos, ninguém acreditava que Bahia e Vitória poderiam ter sua hegemonia estadual abalada. No ano anterior, o Ipitanga chegou a eliminar o Bahia nas semifinais do Campeonato Baiano, mas não ofereceu ameaça ao Vitória nas finais, ficando com o vice-campeonato. Esse ano, a chance de ambos caírem existia, mas considerada menor já que nenhum clube do interior apresentava futebol ao nível daquele que o Ipitanga havia apresentado ano passado.

O Vitória mostrou um futebol objetivo e acabou a primeira fase do primeiro turno do campeonato invicto e como melhor time no geral (já que os clubes estão divididos em dois grupos). Na outra chave do campeonato, o Colo-Colo de Ilhéus acabara líder e o Bahia acabou classificado “a duras penas”, com um time que tinha como base o da Copa São Paulo de futebol junior, que chegou até as quartas de final em janeiro.

Nas semifinais, o Vitória eliminou o Ipitanga com alguma dificuldade, perdendo a invencibilidade no campeonato no primeiro jogo realizado em Terra Nova (onde o adversário manda seus jogos). O Bahia sucumbiu diante do Colo-Colo (foto). A essa altura, o time de Ilhéus era a grande sensação da primeira fase do torneio.

Poucos acreditavam que o Vitória poderia perder o título do primeiro turno após o primeiro jogo da final. Um motivo foi o bom empate conquistado pelo time da capital em Ilhéus, que lhe credenciava a jogar por nova igualdade no jogo derradeiro em casa. O outro motivo é que o time do Colo-Colo não era tão chamativo e perigoso quanto o igualmente surpreendente Ipitanga do ano anterior que, por sinal, o Vitória havia vencido.

E então, no segundo jogo da final, o Vitória perdeu em pleno Barradão para o “acertadinho” time do Colo-Colo, por 1 a 0. A ameaça de Ilhéus, bem modesta em relação a outras que já haviam aparecido (Juazeiro e Ipitanga), conseguiu vencer o primeiro turno do Campeonato Baiano batendo as duas ex-potências nacionais e, agora, potências abaladas do estado, inclusive.

O Colo-Colo foi um time que não apresentou grandes valores individuais, mas se mostrou bastante empenhado e entrosado. Perdeu poucos pontos em casa e foi competente na fase mata-mata. Entra no segundo turno como favorito e, se o ganhar, levará o estadual sem uma grande final, o que seria o desacato definitivo a soberania Bahia-Vitória. Vale lembrar: não há como um Ba-Vi decidir o estadual esse ano novamente.

Em um processo de renovação e reestruturação, Bahia e Vitória devem aprender a lidar com fracassos nunca antes sofridos por eles. Mas ambos têm suas salvações à vista. O Bahia tem um processo de renovação que aparece exatamente no momento em que o time necessita, com jovens valores que levaram o clube a inédita quartas-de-final da Copa São Paulo no início do ano. Já o Vitória apresenta um time promissor que se manteve a primeira fase do estadual invicto e leva vantagem do empate para o Mineirão no confronto da Copa do Brasil contra o Cruzeiro – um dos bons times que aparecem para a disputa da série A do Brasileirão. Ninguém sabe exatamente em que esses “projetos” culminarão. Por enquanto, o que se sabe é que Bahia e Vitória, um dia incontestáveis torres gêmeas da Bahia, hoje são apenas gêmeas na derrota.

quinta-feira, abril 13, 2006

RUMO A 2006: Costa do Marfim

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Henrique Moretti

Dos cronistas esportivos, quase todos são unânimes em afirmar que a Costa do Marfim é a equipe mais forte do continente africano no Mundial 2006. Se é assim, quem sou eu para discordar?

Para ter alcançado tal patamar, os marfinenses possuem excelentes respaldos. O primeiro deles é o experiente técnico Henri Michel, treinador da França na Copa de 1986, de Camarões na de 1994 e de Marrocos na de 1998 (curiosamente, enfrentou o Brasil em todas essas oportunidades, vencendo apenas na primeira). Seu comando foi imprescindível para a Costa do Marfim vencer o grupo mais difícil das eliminatórias africanas – o 3, que continha os fortes Camarões e Egito – com sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, ambas para os leões indomáveis.

E dramaticidade não faltou para essa qualificação. Os elefantes marfinenses lideravam a chave desde o início até a oitava rodada, quando uma inesperada derrota para Camarões em casa mudou a situação. Com um 3x2, Eto’o e cia. lhes ultrapassaram por um ponto. Entretanto, o quadro se transformou novamente no último jogo do zonal: Camarões empatou em casa com o Egito, com direito a pênalti desperdiçado no último minuto, entregando a vaga na Copa de bandeja para a Costa do Marfim, que acabou batendo o Sudão.

A outra fortaleza da seleção é a própria equipe, que apesar de nunca haver disputado um Mundial conta com jogadores de grande qualidade. Didier Drogba, do Chelsea, Aruna Dindane, do Lens, Arouna Koné, do PSV, e Bonaventure Kalou, do PSG, por exemplo, formam uma espécie de “quadrado mágico” do ataque africano. Ciryl Domoraud também pode aparecer como titular do setor.

Na meia-cancha, Yayá Touré tem qualidade para sair jogando e Didier Zokora, já pretendido pelo Arsenal, oferece proteção à defesa, formada também por nomes conhecidos como o de Kolo Touré, do Arsenal, e o de Mark Zoro, do Messina. O goleiro é Jean Tizie, que apesar de não inspirar enorme confiança, não compromete.

O time, conhecido pela troca de passes rápida e boa saída no contra-ataque, foi a única das estreantes africanas que não deu vexame na última Copa Africana de Nações, disputada no Egito. Com muitos gols de Drogba e mesmo com um relevante desfalque de Dindane, a Costa do Marfim chegou ao vice-campeonato da competição, vencida pelos donos da casa.

As chances de Costa do Marfim no Mundial da Alemanha só não são maiores por culpa do sorteio dos grupos, ingrato para seu lado, que os colocou junto à Holanda, Argentina e Sérvia e Montenegro, favoritíssimos na luta pelas duas vagas.

Assim, as possibilidades de classificação dos elefantes para a segunda fase, admite-se, não são muitas, porém a experiência de Michel, o faro de gol de Drogba (foto) e o alegre futebol do time como um todo podem reverter a primeira previsão. Bons resultados em amistosos eles até ostentam, como um empate diante da Itália e uma derrota apenas no finzinho frente à Espanha. É esperar para ver!


FICHA TÉCNICA

Fundação: 1960
Afiliação à FIFA: 1960
Participações em Mundiais: Estreante
Melhor Resultado: Estreante
Última Copa: Não participou
Campanha nas Eliminatórias: 1º colocado do Grupo 3 do Zonal Africano
Títulos Continentais: Campeã da Copa das Nações Africanas (1992)
Ranking FIFA: 32º

Time-Base: Tizie, Boka, Kolo Touré, Meité, Zoro; Zokora, Yaya Touré, Kalou, Arouna Koné (Domoraud); Dindane e Drogba
Formação: 4-4-2
Técnico: Henri Michel
Principal Destaque: Didier Drogba (Chelsea)

Avaliação: ** (Bom time, mas num grupo dificílimo)

quarta-feira, abril 12, 2006

Erros e acertos de um surpreendente Noroeste

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Henrique Moretti

O Noroeste de Bauru foi a surpresa do Paulistão. Inesperada para muitos, mas não para torcida e mídia bauruenses. A combinação planejamento + dinheiro em caixa + salários pagos em dia sempre é certeza de bons resultados. E não foi diferente com o único time que representa a “cidade sem limites” desde a extinção do BAC (sim, aquele mesmo em que Pelé começou).

A chave do sucesso desse Noroeste que assusta chama-se Damião Garcia. O eterno dono da Kalunga, que patrocinou o Corinthians por longos anos, inclusive na conquista do Brasileiro de 90, chegou ao comando do Norusca em 2004. Com ele, a esperança no fim do túnel surgiu. Afinal, desde 1994 a equipe disputava divisões de acessos do Campeonato Paulista, e há dois anos na Série A-3 se encontrava.

Então, com melhorias na estrutura, no plantel de jogadores e boa injeção de dinheiro o time bauruense foi se reerguendo, terminando num bom terceiro lugar a competição a terceirona daquele ano, o que lhe deu o duro acesso à Série A-2. Dos jogadores de hoje, o plantel tinha o bom zagueiro Bonfim e o goleiro Maurício.

“Seu” Damião queria mais e o ano de 2005 foi definitivamente o que transformou o Noroeste de volta aos bons tempos. Mas a obscura segunda divisão do Paulista nunca é fácil e sua caminhada foi árdua, como não poderia deixar de ser. Começou com o técnico Juninho Fonseca, ex-Corinthians, que não durou mais de três jogos à frente do clube. Três expressivas derrotas bastaram para por em desconfiança o futuro de seu trabalho no clube. Seu sucessor foi Ivo Secchi, que foi por muito tempo auxiliar de Osvaldo Alvarez, o Vadão.

Ivo deu início a uma boa arrancada, que tirou a maquininha vermelha da lanterna do grupo e a levou para a quarta colocação, que garantia uma classificação para outra fase.

Porém, o técnico era considerado “teimoso” pelo presidente Damião e pelo gerente do clube, Celso Zisly, outro homem importante no reencontro do Noroeste com a glória, infelizmente morto num choque entre torcidas, na partida contra o Palmeiras, em Bauru. Essa teimosia refletia-se por exemplo na insistência de deixar o lateral-direito Tigrão, em boa fase, no banco de reservas, no grande número de volantes no time titular. O atacante Gileno, então ídolo da torcida, era constantemente preterido e ainda o meia Luciano Bebê, até hoje no clube, jogava mais recuado que de costume.

Assim, seu substituto foi Paulo Comelli. E a escolha foi mais que acertada. O treinador, que levou o eterno rival Marília à fase final da Série B do Brasileirão em 2003, soube-se aproveitar do bom momento do time e com uma equipe ofensiva levou o Norusca ao quadrangular semifinal, onde os dois primeiros atingiriam a tão sonhada vaga na elite do futebol estadual.

Porém, a defesa do time ainda era uma incógnita e o ataque cismava em perder um incrível número de gols. Assim, tropeços para São Bento, em casa, e Bandeirante, fora, foram inevitáveis. A partir da terceira rodada o Noroeste começou a mudar, e com duas vitórias seguidas pra cima do Mirassol, com destaque para o meia-atacante Luiz Carlos e o volante, hoje zagueiro, Edmilson, colocaram a equipe em posição priviligiada para na quinta rodada garantir o acesso, em cima do Bandeirante em Bauru, num Alfredo de Castilho abarrotado. Edmilson, novamente, foi o destaque do jogo, autor de um gol de falta.

O vice-campeonato frente ao Juventus não foi capaz de impedir a alegria dos bauruenses, que viam finalmente seu time de volta à Série A-1, após 14 anos.

Mas o ano ainda não havia terminado, e o Norusca fez bonito ainda na Copa Federação Paulista de Futebol, já sem o técnico Comelli, que acordou que só voltaria para a disputa do Paulistão e sem os destaques Gileno, negociado com a Ponte Preta, e Gilmar Fubá. A equipe conquistou seu primeiro título de primeira divisão, batendo o Rio Claro na final e conquistando vaga para disputar a Copa do Brasil de 2006.

Enfim, 2006 chegou e agora um Noroeste campeão impressionou. Comelli manteve a base, trazendo o goleiro Mauro (ao lado), o volantes Luciano Santos, o meia Lenílson e os atacantes Rodrigo Tiuí e Leandrinho, entre outros.

A equipe, mesmo sem muito tempo para treinar esse meio-time novo, obteve logo na primeira partida uma vitória contra o Corinthians, com o estádio lotado. É certo que houve a ajuda do auxiliar do árbitro Paulo César de Oliveira, que invalidou gol legalíssimo de Marcelo Mattos, mas o domínio do Noroeste na partida foi claro.

Provando que o resultado não foi mera coincidência, a maquininha continuou voando alto, com vitórias sobre equipes do interior, como América, Santo André e Ponte Preta, e apenas um tropeço diante do São Caetano, no ABC. À esta altura, o time já era líder, acompanhado por Santos e Palmeiras, mas considerado “cavalo paraguaio” por não ter enfrentado ainda os outros grandes, o que ocorreu na oitava rodada na Vila Belmiro, quando o Santos bateu o Noroeste por 1 a 0, numa partida que o resultado mais justo seria no mínimo um empate. Ali, a equipe da Baixada assumia a liderança.

Entretanto o Norusca não desanimou, batendo Paulista e Marília na seqüência e botando a liderança em jogo diante do Palmeiras, em Bauru (o Santos enfrentaria o Rio Branco na mesma rodada) no fim-de-semana.

No meio de semana ocorreria a estréia do time na Copa do Brasil, diante do XV de Novembro, no Sul do país. Aí ocorreu o grande erro na brilhante campanha noroestina. Comelli e diretoria, querendo “dar um passo maior que a perna”, que no caso seria conquistar o título da Série A-1, abdicaram da primeira partida pela competição nacional poupando a equipe para o jogo diante do Palmeiras, sofrendo um irreversível 4 a 1 que abalou as estruturas de um time até então com duas derrotas na temporada, e pelo placar mínimo.

Para piorar a situação, a partida diante da equipe de Emerson Leão não foi nada boa, com o Palmeiras abrindo dois gols de vantagem logo no início. Os destaques do Noroeste, como Cláudio, lateral-esquerdo, os meias Lenílson e Luciano Bebê, e os atacantes Leandrinho e Tiúi (na foto, frente ao MAC) cansaram de perder chances de gol, culminando com uma impressionante derrota por 3 a 1, depois de obter mais que o dobro das finalizações do adversário.

A fatídica semana tornou-se num verdadeiro marco para os noroestinos, pois ainda se somou a nova derrota, contra o Rio Branco, que acabou com as chances de título da equipe no Paulistão. A Copa do Brasil também estava distante, e nem mesmo uma vitória por 2 a 0 foi capaz de tirar a vaga do XV.

Era a hora da volta por cima, que surpreendentemente ocorreu. Vitórias sobre Guarani, Portuguesa Santista e Mogi Mirim deram novo ânimo à equipe de Bauru, que tinha como objetivo garantir vaga para a Copa do Brasil 2007 e a Série C do Brasileirão, de 2006.

Um empate com o São Paulo no Morumbi também foi um resultado a ser comemorado, e de quebra ainda complicou o Tricolor na briga pelo título, que ficou mesmo com o Santos de Vanderlei Luxemburgo.

Saldo da campanha noroestina: quarto lugar, melhor colocação na história da competição e título simbólico de melhor time do interior paulista. Ainda, boa média de público foi obtida, e bons valores surgiram no cenário nacional, tal qual os zagueiros Bonfim e Fábio (esse emprestado pelo Corinthians), o lateral Cláudio, os volante Hernani e Luciano Santos, o meia Lenílson e o atacante Leandrinho.

Agora, resta saber se o fôlego continuará alto por Bauru, e se o planejamento será adequado para o grande desafio da Série C do Brasileiro, tentando fazer frente ao rival MAC, hoje na B.

Para isso, o contrato de Paulo Comelli foi renovado, e o time agora precisará manter a base e encontrar bons substitutos para os que saírem, caso de Lenílson, acertado com o São Paulo, e de Luciano Santos e Rodrigo Tiuí (na foto, frente ao MAC), apalavrados com Coritiba e Palmeiras, respectivamente.

O “cavalo paraguaio” de Bauru assustou, acertou (errou também) e mostrou ser, enfim, original. A melhor equipe do interior paulista hoje espera manter vôos altos, e tenta, porque não, alçar viagens ainda mais atrevidas, rumo ao cenário nacional. Já deixou a impressão, muito válida inclusive para grandes clubes, de que com planejamento tudo é possível. E alcançável.

segunda-feira, abril 10, 2006

Agora quem dá bola é o Santos

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Daniele Pechi


Eram poucos os que em janeiro apontariam o Santos como favorito ao título do Paulistão 2006.

Repatriado, Vanderlei Luxemburgo voltou, trabalhou, contratou, dispensou, montou seu time e mostrou que continuava o mesmo Luxa de sempre. A diretoria acertou na escolha do treinador e quebrou o jejum: após 21 anos sem um estadual, a hora chegou!

Com um São Paulo que passou muito tempo comemorando o seu Mundial tão esperado, um Corinthians com tantos problemas de bastidores e um Palmeiras que precisa de reforços já não é de hoje, o Paulista sorriu para o Peixe.

O Tricolor bem que tentou, mas por ter demorado demais para entrar na competição, por um ponto, deixou escapar o bi.

O Timão tinha um elenco invejável, mas os altos e baixos deixaram a equipe apenas em sexto lugar. Problemas de Kia com Dualib, a demissão de Lopes, a estranha vinda de Marcelinho....tudo isso acontecendo no decorrer de apenas 19 rodadas. Ademar Braga acabou ficando como técnico mesmo, Marcelinho não é relacionado nem para o banco e a parceria com a MSI continua tão obscura como sempre.

O velho clichê de que o futebol é uma caixinha de surpresas também se comprovou: Quem, sinceramente, já tinha ouvido falar do Noroeste? Talvez os moradores de Bauru. É, mas o Norusca veio, subiu da Segundona e passou muitas rodadas na liderança. Acabou em quarto, mas incomodou e provou que tudo o que um time precisa é de investimentos sérios, declarados e de procedência não duvidosa, de preferência e preparação.

O Norusca não tinha se quer um “grande” jogador, mas estava entrosado e com muita vontade, e a campanha foi louvável.

Essa história faz lembrar uma outra equipe que surgiu forte não só no cenário paulista, mas no brasileiro . Um adolescente que já esteve em final de Libertadores. Por mais que não se conheça de futebol, é impossível não reconhecer o São Caetano, aquele do uniforme azul, sabe?

Não deu para a Lusa, fora da primeira divisão do Brasileiro desde 2003, caiu também no Paulista, junto com Guarani, Portuguesa Santista e Mogi Mirim.

Falar mal da arbitragem seria chover no molhado, e outra, hoje é dia de festa, esqueçamos dos problemas! Parabéns ao Santos e a seus jogadores e comissão técnica. Depois de tanto esperar, a baixada comemora!

Se não foi o time que jogou mais bonito, foi o mais regular, o que realmente importa nos pontos corridos.

A fórmula de disputa também foi muito questionada: Pode não ser a mais emocionante, mas é a mais justa...

Também, satisfazer a todos tiraria toda a graça e a magia que faz dois desconhecidos sentarem e discutirem sobre essa paixão nacional. Se não existisse o conservador que adora a boa e velha final e o que defende o novo, o justo, qual seria o papo do botequim no dia seguinte?

É, este acabou, mas ano que vem tem mais (ainda bem), os paulistas e não paulistas aguardam.