sábado, outubro 22, 2005

RUMO A 2006: Coréia do Sul

Historicamente a seleção asiática mais tradicional, detendo o maior número de participações e o melhor resultado em mundiais entre os países do continente, a Coréia do Sul chega à sua sexta copa seguida tentando apagar a idéia de que foi ajudada pela arbitragem em 2002 e comprovar que não é mais apenas uma coadjuvante.
A tarefa de relembrar a última copa, quando foi sede e chegou às semifinais, não parece fácil e se dificulta ainda mais se pensarmos nos vários problemas que têm os coreanos: o técnico holandês Guus Hiddink, o maior responsável por aquele feito e ídolo no país, não está mais na comissão técnica, se dividindo hoje em dia com PSV e Austrália; a campanha nas eliminatórias foi sofrível, com começo instável, má campanha na Copa da Ásia e queda do treinador substituto de Guus, o português Humberto Coelho; o pedido de demissão, após classificar a equipe ao mundial, do DT seguinte, o também holandês Jo Bonfere, pegando a alta cúpula coreana de surpresa; e a contratação às pressas de outro profissional dos países baixos, Dick Advocaat, que assumiu apenas em setembro desse ano.
No meio de tantas dificuldades, Advoccat, ex-técnico da seleção de seu país, pretende inserir sua característica ofensiva e promete uma Coréia tão forte quanto a de Hiddink, apostando nos jogadores levados por este mesmo ao PSV, o lateral Lee e o meia Park (hoje no Manchester). Repetir 2002 é o objetivo. Sem o apoio da fanática torcida e dos tão famigerados erros de arbitragem, é quase impossível.

FICHA TÉCNICA:
Fundação: 1945
Afiliação à FIFA: :1948
Participações em Mundiais: 6 (1954, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002)
Melhor Resultado: Semifinais (2002)
Última Copa: Semifinais (2002)
Campanha nas Eliminatórias: 2º do Grupo A da Zona Asiática
Títulos Continentais: Bi-campeã da Copa da Ásia (1956, 1960)
Ranking FIFA: 26º
Time-base: LEE Woon Jae, YOU Kyoung Youl,, PARK Dong Yyuk, YOO Sang Chul; PARK Jae Kong, AHN Jung Hwan, LEE Young Pyo, PARK Ji Sung; CHA Du Ri, PARK Chu Young, LEE Dong Gook
Técnico: Dick Advocaat
Principal Estrela: Park Ji-Sung (Manchester United)
Formação: 3-4-3
Avaliação: ** (Briga para chegar à segunda fase)

quinta-feira, outubro 20, 2005

RUMO A 2006: Irã

Após a decepção de perder a classificação para a Copa de 2002 na repescagem contra a Irlanda, o Irã volta ao Mundial confiante de que não dará vexame.
Para isso, o técnico croata Branko Ivankovic aposta suas fichas na experiência de seus principais jogadores, o veterano atacante Ali Daei, com passagem pelo Bayern de Munique, e o meia Mehdi Mahdavikia, do Hamburgo, participantes da Copa de 1998, aliada à juventude do atacante do Hannover Vahid Hashemian. Daei, aliás, foi o artilheiro das Eliminatórias Asiáticas, com 9 gols, e mesmo aos 36 anos é a principal estrela da equipe. Exímio cabeceador, recebe um grande número de bolas devido à seleção jogar em sua função, praticamente com dois pontas abertos. O elenco conta ainda com mais dois jogadores do futebol alemão, os meias suplentes Ferydoon Zandi, do Kaiserslautern, e Ali Karimi, que chegou nessa temporada ao Bayern.
A campanha nas eliminatórias foi tranqüila: derrota somente na última rodada para o Japão, sendo que a classificação já estava garantida, e 2º lugar do Grupo B, alcançando a terceira copa de sua história. Agora, depois de em 1998 o Irã conseguir sua primeira vitória em copas, num confronto histórico contra os EUA, os azarões do oriente tentam conseguir a tão sonhada e inédita classificação à segunda fase. Vai ser difícil.

FICHA TÉCNICA

Fundação: 1920
Afiliação à FIFA: 1945
Participações em Mundiais: 2 (1978, 1998)
Melhor Resultado: Primeira Fase (1978, 1998)
Última Copa: Primeira Fase (1998)
Campanha nas Eliminatórias: 2º do Grupo B da Zona Asiática
Títulos Continentais: Tri-campeão da Copa da Ásia (1968, 1972, 1976)
Ranking FIFA: 18º
Time-base: Mirzapour, Nosrati, Golmohammadi, Kameli, Kabei; Alavi, Nekounam, Mahdavikia, Zare, Hashemian; Daei
Técnico: Branko Ivankovic
Estrela: Ali Daei (Al-Shabab)
Formação: 4-2-3-1
Avaliação: * (Mero participante)

terça-feira, outubro 18, 2005

RUMO A 2006: Japão

Depois de avançar pela primeira vez à segunda fase de um mundial em 2002, como sede, o Japão chega à sua terceira copa seguida querendo mais. E para isso o técnico francês de 2002 Philippe Troussier, tachado como "retranqueiro", deu lugar ao galinho de quintino Zico. Com ele, veio um 4-4-2 bem brasileiro e mais ofensivo em relação ao antigo 4-5-1.
Zico, desde assumir, tenta implantar um futebol dinâmico e com mais chutes à longa distância, como o que resultou em gol de Nakamura sobre Marcos, na Alemanha esse ano. O meio-de-campo é bom e a defesa melhorou. O problema, porém, está no ataque, onde Tamada e Yanagisawa não inspiram confiança, mostrando muitas falhas de finalização. O setor com certeza será o de maior dor-de-cabeça para o treinador.
Por outro lado, um fator que ajuda o brasileiro é o aumento de jogadores na Europa, exportação que teve início com o meia Hidetoshi Nakata, com passagens por Parma, Fiorentina e agora em má fase no Bolton, e que hoje conta com outros, como Nakamura, do Celtic. O lateral brasileiro naturalizado Alex Santos completa essa internacionalização da equipe e é presença certa na Copa.
Os resultados são animadores: classificação tranqüila para o mundial em 1º lugar do Grupo 2 das Eliminatórias Asiáticas, com 5 vitórias e apenas 1 derrota, para o Irã; título da Copa da Ásia de 2004, vencendo a dona da casa China na final; e boa campanha na Copa das Confederações de 2005, com vitória sobre a campeã européia Grécia e empate sofrido contra o campeão Brasil.
Assim, Zico e seus comandados chegam à Alemanha tentando alcançar voôs mais altos e, apesar de desde já todos estarem satisfeitos com a grande evolução do futebol japonês, querem sonhar. Por que não?

FICHA TÉCNICA
Fundação: 1921
Afiliação à FIFA: 1929
Participações em Mundiais: 2 (1998, 2002)
Melhor Resultado: Oitavas de finais (2002)
Última Copa: Oitavas de Finais (2002)
Campanha nas Eliminatórias: 1º do Grupo B da Zona Ásiatica
Títulos continentais: Tri-campeão da Copa da Ásia (1992, 2000, 2004)
Ranking FIFA: 16º
Time-base: Kawaguchi; Kaji, Tanaka, Miyamoto, Alex Santos; Fukunishi, Ogasawara, Nakamura, Nakata; Yanagisawa e Tamada
Técnico: Zico
Estrela: Shunsuke Nakamura (Celtic)
Formação: 4-4-2
Avaliação: ** (Pode chegar à segunda fase)

domingo, outubro 16, 2005

RUMO A 2006: Alemanha

Atenção leitores do Fanáticos por Copa, fazendo jus ao nome do blog, abro hoje a seção RUMO À 2006, que apresentará a vocês todas as 32 seleções que vão à Copa do Mundo da Alemanha em 2006. Estádios novos e reformados, público que comparece, e a localização no centro do globo dão um toque especial para esse mundial, que com certeza será um grande sucesso. E para começar, nada melhor que o país-sede e primeiro a se garantir na competição, a Alemanha.

A 3 vezes campeã mundial e européia Alemanha vem à copa mais uma vez tentando resgatar suas grandes tradições. Atual vice-campeã numa campanha surpreendente na Coréia e no Japão e dona de um futebol vigoroso, extremamente tático e geralmente não muito agradável aos olhos, a seleção tem problemas na luta pelo quarto caneco.
A eliminação na 1a fase da última Eurocopa, em Portugal, caiu como uma flecha no coração dos alemães. Com ela, veio a saída de um ex-craque, Rudi Völler, e a entrada de outro, Jurgen Klinsmann, para o cargo de treinador. E vieram também as mudanças na equipe. O ex-centroavante e estreante nesse tipo de função Klinsmann sacou veteranos, como os defensores Thomas Linke (Bayern), Jens Nowotny (Leverkusen) e Dietmar Hamman (Liverpool), e deu lugar a jovens promessas como o atacante polonês naturalizado Lukas Podolski, 20 anos, do FC Koln, e o meia Bastian Schweinsteiger, 21, do Bayern de Munique. Eles são os grandes trunfos do treinador, juntamente com o experiente meia Michael Ballack e o goleiro eleito melhor jogador em 2002, Oliver Kahn, ambos do Bayern.
A defesa parece não continuar sendo uma grande fortaleza como antigamente, sendo que Huth e Mertesacker não inspiram muita confiança. Em contra partida, o novo técnico melhorou a eficiência do ataque, que conta com o brasileiro naturalizado Kuranyi como goleador.
A eliminação precoce na Euro-2004 em Portugal mudou completamente o planejamento alemão, e, ao que parece, o trabalho de Klinsmann é muito válido, sendo que o futebol alemão pede por renovação à anos, mas parece ser a longo prazo, e dificilmente se transformará em grandes resultados num espaço tão curto de 2 anos. A campanha na Copa das Confederações foi boa, chegando às semifinais, entretanto resultados como a derrota de 2x0 para a Eslováquia enchem a crítica e o povo alemães de desconfiança.
Porém, a tradição tricampeã da Alemanha, juntamente com o apoio da fanática torcida e o atual vice-campeonato, não pode ser rechaçada e um esqudrão que já teve Beckembauer, Gerd Muller e Matthäus vem em busca do quarto título. Alguém duvida?

FICHA TÉCNICA
Fundação: 1900
Afiliação à FIFA: 1904
Participações em Mundiais: 15 (1934, 1938, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002)
Melhor Resultado: Campeã (1954, 1974, 1990)
Última Copa: Finalista (2002)
Campanha nas Eliminatórias: Não participou
Títulos Continentais: Tri-campeã da Eurocopa (1972, 1980, 1996)
Ranking FIFA: 15º
Time-base: Kahn; Friedrich, Huth, Mertesacker e Schneider; Frings, Deisler, Ballack e Ernst (Schweinsteiger); Kuranyi e Podolski
Técnico: Jürgen Klinsmann
Formação: 4-4-2
Principal Estrela: Michael Ballack (Bayern de Munique)
Avaliação: *** (Não pode ser descartada)