sexta-feira, dezembro 02, 2005

Futebol Europeu: A onda dos patrocínios

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Jackson de Paula

A cada dia que passa, nos deparamos com a gigantesca onda de um futebol cada vez mais globalizado.
Altas transferências, jogadores de diversas partes do mundo atuando em uma mesma equipe, isto vem se tornando algo comum no mundo da bola, porém a indústria dos patrocínios vem ganhando espaço e dando um charme a mais no futebol.
O Manchester United pode ser considerado um belo exemplo da atualidade. Após romper o contrato com a Vodafone, a equipe inglesa está em negociações com diversas empresas para firmar um novo patrocínio; E pasmem, o Google, ele mesmo, o tão conhecido site de busca da Internet pode ter sua marca estampada na camisa dos “diabos vermelhos” em 2006. Yahoo e IBM, duas concorrentes diretas, correm por fora e tentam fechar um acordo. Coca-Cola e Levi Strauss, dona da marca de jeans Levis, completam o grupo de possíveis candidatos.
Existe toda uma expectativa em torno deste novo patrocínio, a imprensa local divulgou que o valor ultrapassará a marca de 9 milhões de libras (R$ 36 milhões) por ano, valor que a Vodafone pagava ao Manchester pela parceria.
Falando em patrocínio, o CSKA Moscou dos brasileiros Vágner Love e Daniel Carvalho, perdeu seu principal patrocinador. A empresa petrolífera Sibneft já anunciou que irá rescindir o contrato de US$ 54 milhões (R$ 119 milhões) por três anos, que terminaria no fim de 2006. A empresa russa voltou a ser estatal, depois de ser vendida pelo bilionário Roman Abramovich, sendo assim, não pretende mais investir em clubes do futebol.
Isso prova que o patrocínio é uma faca de dois gumes, pode beneficiar como prejudicar uma equipe de futebol.
Já estou sentindo cheiro de desmanche pelos lados da Rússia...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

A “industrialização” do Futebol

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Christian Avgoustopoulos

Nos tempos atuais, a evolução nos diversos segmentos em que o homem atua vem se tornando indispensáveis. Um ponto marcante desse processo, é sem duvida nenhuma a especialização dos profissionais de cada área, onde cada vez mais são exigidos em sua função, que deve ser executada com extrema autoridade, técnica, ciência e competência.

Mas o que isso tem a ver com o futebol? Tudo! Nessa nova era mundial, o futebol também sofreu suas metamorfoses. Não é recente o fato dele ser considerado como uma profissão. Em meados de 60, 70, já era bem nítido isso nos países onde o esporte era mais difundido, principalmente na Europa e América do Sul.

Bem, os parâmetros do atual futebol, no entanto, nos condicionam a uma situação bem mais complexa e profissional do que nas épocas passadas. Os clubes são praticamente empresas, que prestam o serviço do futebol através de seus funcionários, os jogadores, e também vendem seus produtos para todos aqueles que se interessarem em adquirir.

Isso de certa forma é um tanto preocupante, por um simples motivo: esporte não é comércio, nem marketing, nem administração, nem serviço a ser prestado. Esporte é pura e simplesmente esporte. Sua base vem do espírito olímpico, da garra, da raça, da superação de limites, da psicologia, da técnica, da habilidade...dentre outros diversos fatores.

E há também que se levar em conta um dos personagens mais importantes do futebol, o torcedor. Sem o torcedor, o futebol não teria sequer um pouquinho do brilho que tem. Afinal, é o torcedor que propaga o tal esporte, é ele que dedica o seu tempo a algo em que não vai ganhar nada. Nada de material, mas a emoção de se ter um time para torcer e de acompanhar as partidas de futebol é simplesmente indescritível. E esse sujeito aí, o tal de torcedor, tem que ser respeitado e considerado, o que pode ser conflitante com essa idéia “industrial” em que o futebol vive.

Imagine você leitor, ver o principal jogador do seu time transferido para um time mais rico, ou até mesmo para o seu principal rival e adversário. Isso certamente lhe deixará aborrecido, e você não hesitará em dizer que o tal jogador é mau-caráter e outras coisas que nem posso mencionar aqui, para manter o bom nível da matéria.

Como também aceitar que, após ver seu time com uma excelente safra, indo o mais longe possível nas competições que disputa, sofrer o famoso “desmanche” no ano seguinte, com seus principais jogadores migrando para outras equipes, pura e simplesmente por dinheiro?

É verdade que o profissional tem o direito de escolher a empresa onde pretende trabalhar, aquela que lhe dará um maior retorno e melhores condições de serviço, mas meu espírito romantista jamais entenderá o futebol como negócio, “business”. Pra mim, e acredito que também para os torcedores em geral, a fidelidade e o amor à camisa são qualidades imprescindíveis, que talvez possam ser levemente amenizadas se o jogador for um craque, um gênio da bola. Mas quando ele partir do seu clube você ficará com o mesmo sentimento de indignação e de que foi apunhalado pelas costas por aquele que você, debaixo de chuva, frio, as vezes sem dinheiro e até mesmo viajando longínquas distancias, incentivou naqueles 90 minutos em que ele esteve atuando por seu time, ou como sugere a realidade, pura e simplesmente trabalhando.

Os clubes pequenos e médios têm bastante dificuldade em manter os seus medalhões e pratas-da-casa. Esses jogadores, promissores, são seduzidos por ofertas tentadoras de clubes de maior expressão, e muitas vezes antes mesmo de atingir a maioridade, são influenciados por seus empresários (outra palavra que não combina com o futebol) para aceitarem as propostas milionárias que são feitas por outros clubes com mais poder aquisitivo. Os clubes de menor expressão se vêem obrigados a concretizar o negócio, já que também tem dificuldades para gerir o orçamento de sua instituição, e até mesmo por um motivo óbvio, se o jogador não está contente onde joga ele cairá de produção.

Existem alguns raros jogadores espalhados pelo mundo, contudo, que jogam em seu clube por uma identificação pessoal com a instituição, enfim, torcedores do time em que jogam. Alguns exemplos conhecidos são Rogério Ceni e Marcos, respectivamente jogadores de São Paulo e Palmeiras, que estão nesses clubes por ter uma ligação emocional muito fortes com as equipes onde jogam. Na Itália, temos o atacante Cristiano Lucarelli (foto), do Livorno Cálcio, que ostenta uma tatuagem do distintivo do clube no braço, e diz que só sairá do Livorno no dia em que o clube entender que ele não tem mais condições de defender a equipe. Há também Francesco Totti, torcedor do Roma, que vai prolongando seu contrato por mais e mais tempo. Há ainda outros casos espalhados pelo mundo, porém são raros e nem sempre com jogadores da mais alta qualidade.

Outro fator que também merece destaque é o inflacionamento dos atletas e de seus salários. Na busca pelo que há de melhor, os grandes clubes não se importam em gastar quantias estratosféricas por um ou outro jogador. As multas contratuais são cada vez mais altas, para que ambos, clube e jogador, honrem seu compromisso até o final. Recentemente, Ronaldinho Gaúcho, um dos melhores do planeta no esporte, teria recebido um convite do Chelsea pelo valor de 140 milhões de euros por 9 anos de serviço, sem falar no pagamento da multa de 120 milhões que o ligava ao Barcelona, o que foi recusado pelo atleta. Para se ter uma idéia, em 1974, nada menos que Pelé (foto) teria recebido 7 milhões de dólares para defender o Cosmos, dos EUA, na maior transação da história até aquele momento.

Talvez o futebol pudesse ser mais divertido ou emocionante se tivesse mantido seu aspecto romantista, que hoje parece ser utópico. Não temos como saber. O fato é que essa foi a evolução natural do esporte, combinada com as mudanças que o mundo e a forma de vê-lo foram acontecendo. Contudo, mesmo sofrendo essas grandes mudanças, a magia do esporte continua a mesma, e dentro das quatro linhas ainda podemos ver uma das mais belas artes produzidas pelo homem.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Ser ídolo do tênis no país do futebol

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Henrique Moretti

20 títulos de simples na carreira. 11 de duplas. 52 semanas como o número 1 do mundo, posição que só perdeu devido a uma contusão. 3 Grand Slams conquistados. Indicado a ser garoto propaganda da campanha de Paris aos Jogos Olímpicos de 2012, superando Zinedine Zidane. Melhor tenista brasileiro de todos os tempos.

Soma-se a isso ter nascido num país como Brasil, sem nenhuma tradição no seu esporte escolhido, o tênis, exceção feita a Maria Esther Bueno nos anos 50 e 60.

É, os números são muitos na carreira de Gustavo Kuerten, o “manezinho da ilha”, o filho de Florianópolis, Santa Catarina, o surfista, o queridinho da capital francesa, o herói brasileiro.

Guga, por seus títulos, por seu passado, por sua grandeza, podia, e devia, ser muito mais reconhecido pela mídia esportiva do país. Diz que não liga mais pra isso, mas na época áurea isso pesava. Com o seu surgimento, na conquista de seu primeiro Roland Garros, em 1997, milhares de pessoas que se diziam jornalistas passaram a opinar em seu esporte. E pior, alguns sem saber nada sobre o assunto o criticavam a cada derrota, achando que tênis era igual a futebol. Quando vencia era idolatrado. Quando perdia, execrado. Bobagens.

Gustavo Kuerten superou a tal desconfiança e a pressão por cada vez mais vitórias na quadra, na raça, amadurecendo. Depois de vencer o Grand Slam francês mais duas vezes em 2000 e 2001, se tornando o número 1 do mundo após a conquista da Masters Cup 2000 (a Copa do Mundo do tênis), o surfista começou a penar.

As derrotas, após o US Open 2001, vieram. E vieram aos montes. Foram 9 em 10 jogos no fim da mesma temporada, o que culminou com a perda da liderança do ranking para o jovem australiano Lleyton Hewitt. Sinais de contusão.

Nova fase para o tenista. Guga passou a lutar contra si mesmo, e após inicio de temporada pífia em 2002, apelou para a temida cirurgia no quadril. As dificuldades chegaram ao clímax e Kuerten pode ter pensado em abandonar a carreira. O que ainda lhe motivava, depois de ter chegado ao ápice do esporte.? No tênis, esporte de muita pressão, é corriqueiro ocorrer aposentadorias precoces, seja devido as severas contusões, seja a cansaço mental, seja ter por ter alcançado a fama muito jovem. Esses foram os casos da suíça Martina Hingis, campeã de um Grand Slam com apenas 16 anos e aposentada aos 24. Caso também do chileno Marcelo Rios, que abandonou o esporte antes também de chegar aos 30.

Gustavo voltou meses antes do prazo estipulado para sua recuperação. As dores não desapareceram e ele não conseguia mais voltar a ser o mesmo. Derrotas em primeiras rodadas dos mais diversos torneios passaram a ser corriqueiras. Conseguir se manter a semana inteira numa mesma cidade, no mesmo torneio, passou a ser fato raro.

Decepções e mais decepções. Guga mesmo assim não era um tenista qualquer. Mesmo com as dificuldades, conseguia manter-se entre os 20 melhores tenistas do mundo, o que não é de modo algum fácil de alcançar. É só perguntar para Flávio Saretta, para Ricardo Mello, para Fernando Meligeni, brasileiros que nunca alçaram vôo tão alto.

Veio 2003 e a esperança ressurgiu. Título logo no primeiro torneio do ano, em Auckland e chegada a uma final de Masters Series, em Indian Wells. Perdeu a final de maneira facílima para Hewitt. Mesmo assim, era um grande feito. Parecia que Guga despontaria novamente. Ledo engano. Veio Roland Garros e o tenista não conseguia mais passar das oitavas, sendo eliminado nessa fase no mesmo ano. Claro que acabou não conseguindo se classificar para a Masters Cup, que só reúne os 8 melhores classificados no Ranking de Entradas, mas ainda assim se mantinha entre os cabeças-de-chave das maiores competições.

Depois de um início de 2004 deprimente, boa campanha em Roland Garros no meio do ano, batendo o número 1 do mundo Roger Federer por incríveis 3 sets a 0 e derrota apenas nas quartas-de-finais. Mesmo com ninguém esperando tal feito, era uma grande chance para o tetra-campeonato em Paris, mas a lesão não permitiu novamente. Kuerten voltou a sentir. Chegando à temporada de quadras rápidas, ele não conseguiu resistir e as derrotas vieram à tona novamente, como na eliminação vexatória na primeira rodada do US Open. Nessa época, o tenista aparecia mais fora da quadra do que dentro, pois tinha liderado o boicote ao presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás, que resultou no boicote de todos os principais jogadores à Copa Davis, competição em que os tenistas jogam por equipes, defendendo as cores de seus países. Novamente, Guga podia ficar ali parado, tranqüilamente, pois já era tenista formado, já tinha muito dinheiro no banco, enfim, já tinha a vida ganha. Mas não, ele preferiu lutar por melhorias na estrutura geral de seu esporte no Brasil, pensando sempre na formação de novos talentos. Esse feito seria comparável a se um grande jogador de futebol brasileiro, como Ronaldo, decidisse boicotar a Seleção Brasileira até o presidente da CBF Ricardo Teixeira resolvesse abandonar o cargo. Está provada aí a grande importância do tenista, também na política.

O resultado provou ao brasileiro que talento ele ainda tinha para competir de igual pra igual com os melhores do mundo, porém faltava condições físicas. Com isso, Guga foi consultar um cirurgião americano pensando em nova cirurgia no quadril. A resposta foi boa e o tenista partiu novamente para o desafio de “entrar na faca”. Ele podia ficar tranqüilamente rondando a zona dos 30 melhores do mundo, ganhando seu dinheirinho, chegando a semifinais, a quartas, mas não. Guga queria mais, queria tentar voltar a ser o que era antes.

A cirurgia, realizada no fim de 2004, prejudicou todo o corrente ano de 2005. Dessa vez, Guga não apressou seu retorno, que só ocorreu às vésperas de seu torneio predileto, Roland Garros. De imediato, Guga sofreu com a já esperada falta de ritmo e foi obrigado a ver sua pior participação no torneio parisiense, perdendo na primeira rodada. Então Guga, ainda em fase de recuperação, preferiu se dedicar aos treinamentos, à fisioterapia, e disputar menos torneios, terminando o ano sem títulos, fato inédito na carreira do tenista, desde sua explosão.

Hoje, Kuerten continua tentando ser aquele tenista campeão, aquela certeza de alegria ao povo brasileiro sempre que entra na quadra, aquele manezinho desleixado e despreocupado, de bem com a vida, de riso fácil, que cativa as crianças (e os adultos também!), enfim, aquele campeão que o Brasil todo se acostumou a ver.

O treinamento é duro. O caminho, cheio de obstáculos, mas Guga, que inclusive desmanchou seu "casamento" com o técnico que o guiava desde os 15 anos de idade, Larri Passos, espera passá-los por eles com muita dedicação e força de vontade. Senão, de que valeria a pena duas cirurgias, mudança de treinador, confusão na política, tudo o que Gustavo Kuerten passou nos difíceis tempos de recuperação. A volta por cima é difícil, mas o campeão quer provar a todos, e a si mesmo, que é possível voltar a vencer no mundo do tênis. Voltar a sorrir. Em todo caso, Guga tem crédito.

Coluna também publicada no site voleio.com - O seu esporte em pauta.

terça-feira, novembro 29, 2005

Campeonato Brasileiro 2005 - Destaques da 41ª rodada!

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Rubens Junior

Voltei mais uma vez para falar da 41ª rodada do Brasilieirão 2005. Mas agora venho falar sobre os destaques da rodada, que foi decisiva:

Santos e Botafogo fizeram um jogo fraco, em que a equipe da Vila ganhou por 2x1. Neste jogo o fato marcante foi a atitude do 4º árbitro Romildo Correa. Pois o mesmo entrou em campo aos 25 minutos do segundo tempo, retirou seu uniforme de árbitro, o estendeu no gramado e foi em direção ao vestiário. Curiosidade que na camiseta debaixo do uniforme havia a seguinte mensagem: "Romildo: inocente, mas punido" e "CBF e FPF: chega".

Em um jogo drámatico onde houve expulsão de técnico, pênalti, lesão de goleiro, ou seja, lances não muito normais no futebol, o Internacional venceu o Palmeiras por 2x1 no Beira-Rio e continua na briga pelo título. A equipe paulista mesmo com a derrota ainda tem grandes chances de ir para a Libertadores 2006.

O Paraná bateu o Cruzeiro por 2x0 e as duas equipes já estão garantidas na Sul-Americana 2006.

Em um jogo de equipes totalmente desesperadas, São Caetano e Coritiba ficaram no 1x1 e deixaram pra decidir quem cai apenas na última rodada.

O Fortaleza não decepcionou sua torcida que lotou o Castelão e venceu o São Paulo por 1x0, assim entrando na zona de classificação pra Sul-Americana.

O Mengão se mantém mais uma rodada invicto. Mas também não conseguiu vencer o Goiás. O jogo ficou no 0x0, e com este resultado os Esmeraldinos garantiram a classificação para a Libertadores 2006 e o Flamengo não corre mais nenhum tipo de risco em disputar a Série B do ano que vem.

O Furacão enterrou de vez o Paysandu. Com o resultado de 3x2 para a equipe paranaense o Papão foi rebaixado.

O Flu mostrou realmente estar "pipocando" na reta final e perdeu mais uma. O felizardo foi o competente Juventude que, depois de estar perdendo de 1x0, virou o jogo para 2x1 e venceu a partida. Com o resultado o Fluminense pode deixar escapar a vaga na Libertadores se perder para o Palmeiras na última rodada.

O Galo mesmo ficando no 0x0 com o Vasco foi pra panela, e ano que vem irá disputar a Segundona.

Em outro jogo para corações fortes, Corinthians e Ponte Preta fizeram um belo duelo. O Corinhians viveu na partida dois momentos totalmente distintos, pois começou perdendo para a Macaca e 2 minutos depois o Internacional marcou contra o Palmeiras, com este resultado a diferença entre líder e vice iria ficar apenas no saldo de gols, mas logo depois o Timão empatou e seu grande rival Alvi-verde tambem igualou em Porto Alegre. Perto do final da partida o Corinthians teve seu momento de campeão, pois fez 2x1 e logo após fez o 3º com Carlos Alberto, e este resultado fazia do Corinthians campeão pois o Inter ainda só empatava no Beira-Rio, mas este sentimento de título só durou 3 minutos, porque Rentería acabou marcando o gol da vitória para os Colorados contra o Palmeiras adioando a festa corintiana. Com os resultados a ponta de cima da tabela permaneceu a mesma e na última rodada o Timão enfrenta o Goiás em Goiânia precisando apenas empatar. Já a Ponte se complicou e se não empatar ao menos na próxima rodada, pode vir a ser rebaixada dependendo de outros resultados.

Edmundo mais uma vez em participação notável fez um golaço ajudou o Figueirense a se manter fora da zona da morte e ainda colaborou com o rebaixamento do Brasiliense. O clube de Marcelinho Carioca, com a derrota de 2x0 para o Figueira, é mais um rebaixado da rodada.

Bom galera em mais outra rodada cheia de gols, lances polêmicos e árbitros aparecendo novamente, ainda não foi definido o campeão 2005, mas já desobrimos 3 equipes rebaixadas, Brasiliense, Atlético-MG e Paysandu. Agradeço pela colaboração gente, continuem com este apoio que estão nos dando. Abraços!

segunda-feira, novembro 28, 2005

Série B: e o impossível aconteceu

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Pedro Galindo

Neste sábado, a rodada da série B terminou de forma emocionante. Com a classificação de Santa Cruz e Grêmio para a Primeira Divisão de 2006, o campeonato terminou de forma justa, apesar da incrível rodada final.

No Arruda, o Santa Cruz venceu a Portuguesa, de virada, por 2x1. Todos os gols saíram no primeiro tempo, com Cléber marcando primeiro para a Lusa, de pênalti, e Reinaldo descontando duas vezes para o tricolor, tornando-se assim o artilheiro isolado do certame. Uma vitória merecida para a “cobra coral”, que foi, sem sombra de dúvidas, a melhor equipe durante todo o torneio. Merecia, inclusive, ter ficado com o título, mas graças ao seu “rival” Náutico, não conseguiu. A Lusa levou perigo em alguns lances, por isso o Santinha precisou contar com defesas incríveis do bom goleiro Cléber.
O Tricolor Pernambucano tem história na Primeirona, tendo permanecido lá por muito tempo, quando na década de 80 começou a “farrapar”, sendo rebaixado algumas vezes. Na esfera nordestina, é uma grande equipe, uma das maiores do Nordeste, mas nacionalmente ainda tem que provar muita coisa. O time fez algumas excelentes campanhas na década de 70, chegando a ser terceiro lugar do Brasileirão. Para se manter na elite em 2007, o Santa precisa se estruturar, pois está numa complicada situação financeira, chegando inclusive a ter sérios problemas de atraso de salários esse ano. Mas aos poucos essa situação se resolve, e o tricolor espera se firmar na Série A por um bom tempo.

No outro jogo da rodada, nos Aflitos, o que parecia que nunca aconteceria surpreendentemente aconteceu. O Grêmio conseguiu uma vitória dramática sobre o Náutico, com três jogadores a menos e dois pênaltis perdidos pela equipe pernambucana. O gol foi do garoto Anderson, que fez sua última partida pelo tricolor gaúcho. Ele está indo para o Porto, agora no final do ano. Bruno Carvalho e Ademar desperdiçaram as cobranças pelo Timbu.
O jogo foi, como previsto, muito equilibrado. O Grêmio veio a Recife para se defender, e o fez com bastante tranqüilidade. O máximo que conseguia fazer era atacar através de jogadas aéreas, como de costume. Já o Náutico não conseguiu atacar com serenidade, desperdiçando as poucas chances que teve. A arbitragem também atrapalhou o clima do jogo, com uma atuação confusa do juiz Djalma Beltrami, marcando um pênalti duvidoso sobre Paulo Matos e um inexistente, uma bola na mão do lateral Patrício. Mas mesmo depois de toda a confusão, o Tricolor conseguiu reagir e fazer o gol do título.
O time de mais tradição na série B conseguiu subir, “aos trancos e barrancos”. Depois de um começo tumultuado, a equipe gaúcha conseguiu render o esperado (ou pelo menos o suficiente) para alcançar o acesso. Agora que vai jogar a Série A de 2006, o time espera voltar a ser o Grêmio que todo o Brasil está acostumado a ver, um time de chegada, candidato aos títulos e fazedor de boas campanhas. Mas para isso precisa se reforçar, pois o time atual não tem nível para jogar um campeonato como a Primeira Divisão.

Chegou ao fim um grande campeonato, uma Série B como nunca se viu antes: muitos times de tradição, algumas boas equipes e uma enorme quantidade de bons jogadores, como Anderson, Celsinho, Carlinhos Bala, Rosembrick, Wando e muitos outros que conseguiram se destacar e hoje já jogam na elite. Só fica a torcida para que no ano que vem o torneio tenha o mesmo nível do campeonato desse ano.