segunda-feira, junho 12, 2006

Quem tem boca, responde!

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Daniele Pechi

Depois de tanto tempo de espera, finalmente começou a Copa do Mundo 2006. Com a cerimônia de abertura mais rápida que já se viu, a Alemanha deu as boas vindas para o mundo, que durante um mês respira futebol.

Há muito tempo o brasileiro não era tão brasileiro! O Brasil está estampado nas camisetas, nos brincos e até nos calçados.

Todo mundo feliz: os torcedores que aguardam ansiosamente a estréia da seleção, o comércio, que vende como água os itens utilizados pelo típico torcedor e os bares, dos botecos aos mais refinados, que estarão tomados por essa paixão que inexplicavelmente fazem palmeirenses e corintianos esquecerem que estão na zona de rebaixamento. Se tudo der certo, MSI será um nome que não será pronunciado nos próximos trinta dias, afinal, nada pode ofuscar o brilho de um evento desses... Problemas não combinam com Copa!

Apesar de toda essa expectativa, tenho medo de o Brasil seguir o ritmo em que andam esses primeiros jogos, que realmente não empolgaram.

Foi decepcionante ver seleções como Inglaterra e Portugal se comportando como times pequenos. Contentaram-se e conformaram-se com um magro 1x0. Ambas diminuíram o ritmo, se fecharam e acabaram saindo com a vitória porque seus adversários eram tecnicamente muito inferiores.

Em plena Copa do mundo, abdicar de fazer um placar mais tranqüilo e preferir correr o risco de sofrer um empate a definir logo o jogo é uma atitude digna de eliminação na primeira fase...

Até agora, o jogo mais emocionante foi o da Argentina, nem tanto pelo futebol deles, mas pela audácia e confiança da estreante Costa do Marfim: não tiveram medo, encararam os argentinos de frente e quase saíram com o empate. Deram azar de terem caído no temido “Grupo da Morte”, mas por outro lado, podem torná-lo ainda mais emocionante. Já mostraram que encaram os adversários de igual para igual e, por isso mesmo, podem ser tornar a pedra no sapato dos experientes, arrancando pontos preciosos.

Quando se trata de favoritos ao título, é inevitável não falar mais de Brasil. Quando todos já estavam esquecendo do problema do peso de Ronaldo, o nosso ilustríssimo presidente da República cometeu mais uma de suas gafes e ouviu o que não esperava.

A reação de Ronaldo foi muito compreensível, na verdade, foi uma resposta para todos os que falaram desse assunto. Não é novidade para ninguém que ele é um especialista em superar situações adversas, na hora em que precisamos dele, ele cresce, não se esconde e principalmente não finge que não sabia da existência do problema... se é que você me entende.

Deixem-no trabalhar e só cobrem a partir do momento em que a bola rolar, e olha que nessa disputa com Lula, o Fenômeno já marcou um gol moral: Fenômeno 1x0 Lula!

Como diz o ditado, cada macaco no seu galho, presidente. E que venha a Croácia.

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