sábado, junho 03, 2006

A Copa dos grandes jogadores

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Renato Bosi de Magalhães

Essa Copa do Mundo na Alemanha reunirá uma quantidade de grandes jogadores comparável aos Mundiais de 82 e 86, quando desfilavam no gramado craques do quilate de Zico, Maradona e Platini.

Na década de 90 poucas seleções tinham em seu elenco jogadores capazes de decidir uma partida. No Brasil campeão de 94 Romário decidia, mas era só ele. Atualmente a seleção brasileira têm, pelo menos, cinco atletas que fazem a diferença: Kaká, Robinho, Adriano e os Ronaldos. Na Copa de 98 consideravam-se estrelas jogadores apenas esforçados como o francês Djorkaeff e o holandês Kluivert.

Na Copa do Mundo desse ano teremos Totti, Cristiano Ronaldo, Lampard, Gerrard, Riquelme, Messi... É de se lamentar apenas a não classificação de Camarões e, conseqüentemente, a ausência do grande atacante Samuel Eto'o. Torço para que o Rooney, que não jogará a primeira fase, se recupere. Enfim, a presença de ótimos jogadores é mais um bom motivo para não se perder nada do Mundial da Alemanha.


Amistosos internacionais

Inglaterra X Hungria: Confesso que esperava mais da seleção inglesa. A velha jogada do “chuveirinho” foi, disparada, a mais utilizada. Se o atacante Rooney não voltar, a chance de a Inglaterra vencer a Copa diminui consideravelmente. O garoto Walcott, o mais jovem a disputar o Mundial da Alemanha, com apenas 17 anos, não deve ter muitas chances com o técnico Sven-Goran Eriksson. No amistoso contra a Bielorrússia, o ataque titular da Inglaterra foi formado por Owen e Crouch. Já no jogo contra a Hungria Eriksson colocou o meia Gerrard mais à frente, encostando-se a Owen. É engraçado assistir ao grandalhão Peter Crouch jogar. Com 2 metros de altura, ele está mais para um meio-de-rede do vôlei do que para um jogador de futebol. Porém, ele demonstra categoria, com toques de calcanhar, matadas no peito, passes de primeira. Seu terceiro gol contra os húngaros, na vitória por 3 a 1, em que ele, depois de receber um passe do Joe Cole, gira e bate no canto direito, comprova sua técnica.


Alemanha X Japão: O Japão abriu 2 a 0 e poderia ter feito mais. O time do técnico Zico perdeu muitos gols. A evolução da seleção nipônica é clara. Com tabelas rápidas e belos lançamentos, seus jogadores chegavam a toda hora na cara do goleiro alemão Lehmann. Faltou competência. Já a Alemanha jogou o que eu esperava. É uma seleção muito fraca. O ataque titular com Podolski e Klose já diz tudo. Tudo bem que a seleção alemã já era fraca em 2002 e, mesmo assim, fez a final contra o Brasil. Mas o caminho que ela fez até à decisão da Copa Coréia/Japão foi fácil. A Alemanha pegou nas oitavas-de-final o Paraguai. Nas quartas-de-final enfrentou os EUA (que por sinal foram roubados). E, na semifinal, o adversário foi a Coréia. As três vitórias foram por 1 a 0. Portanto, mesmo jogando em casa e contando com sua tradição, não acredito que a Alemanha possa ser campeã.


Lucerna X Brasil: Os depoimentos do Parreira (“foi um bom treino”) e do Juninho (“serviu para treinar”) já dizem tudo. Serviu apenas para a CBF encher mais ainda seus cofres.

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