quarta-feira, fevereiro 08, 2006

E é dada a largada...

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Bruno de Oliveira

Começou, na noite dessa terça, a segunda fase da Libertadores da América 2006. Após os confrontos eliminatórios, que definiram os últimos classificados, a fase de grupos teve seus primeiros três jogos. O estreante Rocha FC, do Uruguai, empatou sem gols com o Universitario, do Peru. Já o Bolívar venceu em casa o Estudiantes de La Plata: 1 a 0, enquanto o Velez Sarsfield, da Argentina, bateu a LDU em Quito por 3 a 1. Hoje é dia de estréia para os mexicanos Chivas, Pumas e Tigres, que visitam, respectivamente, Cienciano, Nacional e Universidad Católica.

O mais importante torneio do continente americano nasceu em 1960, com o objetivo de unir os melhores times sul-americanos em uma única competição e compará-los aos grandes europeus. A princípio, somente os campeões nacionais disputavam o torneio.
O futebol evoluiu, os times evoluíram e as competições também. A Libertadores ganhava respeito e a Confederação resolveu conceder duas vagas por país. Esse formato durou por longos anos, até que em 97 o México foi convidado a participar. A partir daí, diversas reformulações até chegarmos ao formato atual, com 32 equipes.

A edição atual traz o maior número de brasileiros de sua história. Serão seis equipes canarinhas na competição. O São Paulo, atual campeão, vem novamente como favorito, apesar de perder jogadores importantes da conquista do ano passado, como Grafite, Amoroso e Cicinho. Este ano, o jovem Thiago e o veterano Alex Dias são as esperanças de gols para os tricolores, que têm em Rogério Ceni o seu principal jogador. Outro grande favorito é o Corinthians, atual campeão Brasileiro. O galático time, representado pelo craque argentino Carlitos Tevez, ainda não conquistou o título. Os torcedores, no entanto, acreditam que desse ano não passa. Jogadores como Nilmar, Roger, Ricardinho e Mascherano são os responsáveis pelo entusiasmo. Palmeiras, com um time experiente, e o Inter de Porto Alegre, com a raça gaúcha, devem dar trabalho, enquanto Goiás e Paulista de Jundiaí prometem surpreender.

O grande destaque negativo da competição é a ausência do tradicionalíssimo Boca Juniors. A equipe portenha teve um desempenho fraco na última temporada, e não obteve pontuação suficiente pra classificar-se. Em compensação, seu maior rival, o River Plate, disputará a competição pela 27ª vez. Com dois títulos, é a principal força do país no torneio.

Em ano de Copa do Mundo, a Libertadores da América ganha um charme especial. Diversos jogadores vêem na competição a grande chance de assegurar uma vaga em suas seleções nacionais que disputarão o Mundial. Esse ingrediente especial, aliado à história do torneio, podem fazer com que a edição desse ano seja muito mais disputada. É esperar pra ver.

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