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Christian Avgoustopoulos
Nos tempos atuais, a evolução nos diversos segmentos em que o homem atua vem se tornando indispensáveis. Um ponto marcante desse processo, é sem duvida nenhuma a especialização dos profissionais de cada área, onde cada vez mais são exigidos em sua função, que deve ser executada com extrema autoridade, técnica, ciência e competência.Mas o que isso tem a ver com o futebol? Tudo! Nessa nova era mundial, o futebol também sofreu suas metamorfoses. Não é recente o fato dele ser considerado como uma profissão. Em meados de 60, 70, já era bem nítido isso nos países onde o esporte era mais difundido, principalmente na Europa e América do Sul.
Bem, os parâmetros do atual futebol, no entanto, nos condicionam a uma situação bem mais complexa e profissional do que nas épocas passadas. Os clubes são praticamente empresas, que prestam o serviço do futebol através de seus funcionários, os jogadores, e também vendem seus produtos para todos aqueles que se interessarem em adquirir.
Isso de certa forma é um tanto preocupante, por um simples motivo: esporte não é comércio, nem marketing, nem administração, nem serviço a ser prestado. Esporte é pura e simplesmente esporte. Sua base vem do espírito olímpico, da garra, da raça, da superação de limites, da psicologia, da técnica, da habilidade...dentre outros diversos fatores.
E há também que se levar em conta um dos personagens mais importantes do futebol, o torcedor. Sem o torcedor, o futebol não teria sequer um pouquinho do brilho que tem. Afinal, é o torcedor que propaga o tal esporte, é ele que dedica o seu tempo a algo em que não vai ganhar nada. Nada de material, mas a emoção de se ter um time para torcer e de acompanhar as partidas de futebol é simplesmente indescritível. E esse sujeito aí, o tal de torcedor, tem que ser respeitado e considerado, o que pode ser conflitante com essa idéia “industrial” em que o futebol vive.
Imagine você leitor, ver o principal jogador do seu time transferido para um time mais rico, ou até mesmo para o seu principal rival e adversário. Isso certamente lhe deixará aborrecido, e você não hesitará em dizer que o tal jogador é mau-caráter e outras coisas que nem posso mencionar aqui, para manter o bom nível da matéria.
Como também aceitar que, após ver seu time com uma excelente safra, indo o mais longe possível nas competições que disputa, sofrer o famoso “desmanche” no ano seguinte, com seus principais jogadores migrando para outras equipes, pura e simplesmente por dinheiro?
É verdade que o profissional tem o direito de escolher a empresa onde pretende trabalhar, aquela que lhe dará um maior retorno e melhores condições de serviço, mas meu espírito romantista jamais entenderá o futebol como negócio, “business”. Pra mim, e acredito que também para os torcedores em geral, a fidelidade e o amor à camisa são qualidades imprescindíveis, que talvez possam ser levemente amenizadas se o jogador for um craque, um gênio da bola. Mas quando ele partir do seu clube você ficará com o mesmo sentimento de indignação e de que foi apunhalado pelas costas por aquele que você, debaixo de chuva, frio, as vezes sem dinheiro e até mesmo viajando longínquas distancias, incentivou naqueles 90 minutos em que ele esteve atuando por seu time, ou como sugere a realidade, pura e simplesmente trabalhando.
Os clubes pequenos e médios têm bastante dificuldade em manter os seus medalhões e pratas-da-casa. Esses jogadores, promissores, são seduzidos por ofertas tentadoras de clubes de maior expressão, e muitas vezes antes mesmo de atingir a maioridade, são influenciados por seus empresários (outra palavra que não combina com o futebol) para aceitarem as propostas milionárias que são feitas por outros clubes com mais poder aquisitivo. Os clubes de menor expressão se vêem obrigados a concretizar o negócio, já que também tem dificuldades para gerir o orçamento de sua instituição, e até mesmo por um motivo óbvio, se o jogador não está contente onde joga ele cairá de produção.


Talvez o futebol pudesse ser mais divertido ou emocionante se tivesse mantido seu aspecto romantista, que hoje parece ser utópico. Não temos como saber. O fato é que essa foi a evolução natural do esporte, combinada com as mudanças que o mundo e a forma de vê-lo foram acontecendo. Contudo, mesmo sofrendo essas grandes mudanças, a magia do esporte continua a mesma, e dentro das quatro linhas ainda podemos ver uma das mais belas artes produzidas pelo homem.
2 comentários:
Haaaaa vc eh um romantico puro...eu nao sei se sou um romantico...mas sempre joguei o futebol pelo prazer...a diferença entre os jogadores e os amantes do futebvol eh simples...eles se veem como funcionarios...e nao como amanates...infelizmente...mas fazer uq...sempre honrarei meu time...jamais jgoando do lado adversario =P
salve o AAS
FuiZ
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