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Luiz Mendes Junior

Esta Copa América me alegrou por tudo de novo que Dunga e sua mentalidade poderão trazer ao Brasil, ainda que ele não permaneça no cargo até 2010, todavia, não podemos, como na copa das confederações de 2005, qualificar um elenco pela performance de uma partida, ou correremos o risco de tomar outra vez o susto da última Copa.
Triunfos como o do Internacional sobre o Barcelona ou o do Brasil B sobre a Argentina A acontecem quando se tem consciência da necessidade de conhecer seu adversário e elaborar métodos para neutralizá-lo, pensar no antídoto contra o jogo dele antes que se desenvolva o próprio jogo ofensivo. Quando se reconhece o poderio do oponente e as próprias limitações - E o Brasil, como qualquer outra seleção, sempre teve limitações, por mais estrelas que ostente em campo - minimiza-se a possibilidade de amargas surpresas pelo plano A ou B do adversário. Muitos cronistas, técnicos e torcedores insistem em avaliar futebol tendo uma mentalidade clássica como referência, onde técnica, criatividade e talento individual bastam para se ter um grande time. Jogar bem numa partida implica também em não deixar o outro jogar bem, em destruir a criatividade do outro para que se tenha um campo fértil onde fazer fluir a própria criatividade. Essa lição, freqüentemente esquecida por nossos entendidos dentro e fora das quatro linhas, é esporadicamente lembrada em momentos de crise ou quando estamos diante de um adversário reconhecidamente forte como a Argentina. Não é a toa que os vencemos 4 vezes nos cinco últimos confrontos, com direito a 3 "chocolates".
Texto também publicado no blog: http://www.noticiasdofront3.blogspot.com
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