Imagine uma equipe com Sebastien Frey, Cristhian Panucci, Alex (PSV), Valerien Ismael e Gilberto; Clarence Seedorf, Edgar Davids, Dejan Petkovic e Alex (Fenerbahçe); Antonio Cassano e Roy Makaay. Seria um baita time, não? Pois é. Mas muito provavelmente tais jogadores não estarão na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006. Não acredita? Pois bem, pode acreditar. O teórico susto aumenta considerando-se que o banco dessa seleção conta com atletas como Robert Pires, Andrés D’alessandro, Juan Sebastien Verón, Rivaldo, Mark van Bommel e Guti, entre outros. Você deve estar pensando: “meu Deus, os selecionadores estão ficando loucos”. Não, nada disso. O fato é que, seja por critérios físicos, técnicos, táticos ou disciplinares, eles não estarão no Mundial 2006.
É claro que para se completar o onze inicial desse timaço foram cometidas pequenas “heresias”. Panucci, lateral italiano que se destacou na Roma, está velho e já não tem realmente como combater a concorrência de Zambrotta, Zaccardo e Bonera na Azzurra; Frey, que está em grande temporada na Fiorentina, tem como adversários na luta pelo gol da França os intocáveis Barthez e Coupét. Poderia até ser chamado, mas nesse caso apenas como terceiro goleiro; Gilberto, o lateral brasileiro do Hertha Berlim, é outro que não é nenhum inquestionável, e sua situação se complica quando um Roberto Carlos tem a vaga garantida há anos em sua posição.
Porém, os medianos da seleção param por aí.
Ainda na defesa, Alex, zagueiro ex-Santos, seria titular em várias equipes que vão à copa, mas Carlos Alberto Parreira teima em não convocá-lo. Alguém duvida que ele seria melhor opção que Lucio e Juan? Ou, ao menos no banco, mais apropriado que Roque Junior? Parece que ninguém.
Seu parceiro de zaga, Ismael, zagueiro francês que despontou no Werder Bremen e se transferiu recentemente para o Bayern de Munique, teria vaga sossegada ao menos na reserva dos “Blues”, que tem apenas Thuram de irretocável no setor defensivo. Mas a birra que o treinador Domenech tem para com o atleta parece ser grande.
Passando para o meio-de-campo, os holandeses Clarence Seedorf, Edgar Davids e van Bommel são unanimidades no mundo da bola. Três dos melhores volantes da atualidade, com certeza. Porém, não é isso que pensa o treinador Marco van Basten, que continua considerando a renovação laranja como pretexto para deixá-los de fora (é bom lembrar que os bons resultados obtidos respaldam o técnico laranja). Os dois últimos ainda têm chances de ir ao Mundial. Já Seedorf nunca esteve nos planos.
Na criação, o meia Petkovic (foto ao lado), atleta da Sérvia, é conhecidíssimo do público brasileiro e alguns aqui no país o consideram, inclusive, com nível para jogar na seleção canarinho. Mas o treinador sérvio Ilija Petkovic (curiosamente seu xará), considera seus problemas disciplinares suficientes para barrá-lo. Prefere Stankovic (da Inter), Djordjevic (do Olimpiakos) e cia. para a posição. Ao seu lado, como meia-esquerda, aparece o craque Alex, ex-Cruzeiro e Palmeiras. Excelente jogador, indiscutivelmente, mas Parreira aparece de novo com sua teimosia e prefere convocar Ricardinho, atleta menos dotado de qualidade técnica, com seguridade. Como opções na reserva, há ainda os argentinos D’alessandro (ex-River) e Veron e o françês Pires, além do versátil espanhol Guti. O primeiro não é chamado há tempos por José Pekerman para a Albiceleste, e deve mesmo ficar de fora da Copa, assim como Veron, este nunca lembrado. Pires é publicamente brigado com o treinador francês Domenech desde 2004, pediu desculpas recentemente, tentando voltar. Pode até ser que isso aconteça, porém não é realmente o mais provável. Guti, jogador do Real Madrid, seria peça importante para a Fúria espanhola se Xavi, do rival Barça, não for mesmo ao Mundial - está lesionado - e por isso mesmo acabou sendo reconvocado. Ainda assim, sua presença na Alemanha é uma incógnita.
No ataque da seleção dos renegados, Roy Makaay. O centroavante foi sempre um homem de confiança de van Basten para a reserva de Nistelrooy. Entretanto, com seu largo jejum de gols pelo Bayern, que durou três meses, ficou de fora de alguns jogos, e, mesmo tendo o respaldo do treinador, corre riscos de ser cortado. Já Cassano (foto ao lado), seu parceiro de frente, com seus evidentes problemas de relacionamentos, raramente é lembrado pelo técnico italiano Lippi, e deve perder sua vaga na Copa, apesar de sua bela participação na última Euro, para Toni, Gilardino, Vieri e Iaquinta. Para a suplência do setor, Rivaldo, mais um do grego Olimpiakos, que depois de péssima passagem pelo Cruzeiro nunca mais foi convocado por Parreira. Nem mesmo viver caso parecido com o de Makaay - sempre foi o queridinho do treinador - o garantirá no Mundial. Está fora.
Feita a devida apresentação, agora responda você mesmo caro leitor: essa seleção de renegados, que conta com uns atletas injustiçados, outros nem tanto, daria ou não muito trabalho às equipes favoritas ao título da Copa do Mundo 2006 na Alemanha?
2 comentários:
Ah manu, mo priguiça de le u texto, huahahah,alex eh melhor q ricardinhu, deveria i pra copa, joga muito !!!!
é...a seleção ficou bem interessante...com certeza seria temida por mta gte se pudesse disputar a copa, e tb mta gte ia querer ter esses jogadores que suas seleções dispensaram.
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