quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Procurando sarna pra se coçar...

___________________________________________________________
Bruno de Oliveira

Que Marcelinho é o maior vencedor da história do Corinthians, ninguém duvida. Que ele foi um dos maiores jogadores dos últimos tempos, menos ainda. Último grande ídolo da torcida: fato. Mas até que ponto isso basta para trazê-lo de volta, no final de sua carreira e longe de apresentar seu melhor futebol? A iminente contratação do meia pelo presidente do clube, Alberto Dualib, mais parece um golpe político do que uma homenagem, desnecessária por sinal.

Nenhuma pessoa em sã consciência ousaria questionar a importância de Marcelinho para o Corinthians. Os números impressionantes do antigo camisa 7 o colocam como um dos maiores na galeria de ídolos do Parque São Jorge. O que se questiona, afinal, é a necessidade de se trazer um jogador de 34 anos para a posição onde jogam Ricardinho, Roger e Carlos Alberto, por exemplo. Trazer Marcelinho pra compor elenco, depois de tudo que ele fez pelo time, não me parece justo. E condições para ser titular ele não tem. Não mais.

Tudo indica que sua contratação, além de servir para pagar uma dívida com o atacante Luizão, é um ataque de Dualib a Kia. O presidente corintiano não suporta o iraniano, e a recíproca é verdadeira. Ambos vivem em constante guerra pelo poder. Só que dessa vez o cabo de força pelo comando do clube parece ter ido longe demais.

Marcelinho não se dá bem com Ricardinho, que por ainda mostrar um grande futebol, também voltou ao clube. Ambos negam, mas os desentendimentos do passado não foram por lá esquecidos. Há quem garanta, aliás, que Ricardinho não é o único. O Pé de Anjo não seria bem quisto, também, pelos atletas que faziam parte das categorias de base em 2001, na sua última passagem pelo time. E em época de Libertadores, ter esse problema no elenco não me parece inteligente.

Marcelinho foi, de fato, um dos maiores jogadores da história do clube. Mas sua era acabou quando saiu brigado do Corinthians. E não teria pior hora para reviver o passado, realizar homenagens ou provocar crises internas. O clube busca um título inédito e nunca foi tão favorito. Ao contrário da torcida, que pela emoção comemoraria a volta do meia, Dualib deveria utilizar a razão. É o mínimo que se espera de um presidente de clube.

2 comentários:

2co disse...

Fora caloteirinho carioca!!!

Anônimo disse...

nossa...pelo texto me apaizonei!! sou grega e queria saber se vc tem namorada... lindo!

sou dessi zeito! beizos!