O mercado de inverno europeu – que se encerra no fim de Janeiro – está mais movimentado que de costume nesta temporada, com contratações milionárias como as dos argentinos Gago e Higuaín pelo Real Madrid, que ainda trouxe o brasileiro Marcelo; houve ainda a chegada da revelação chilena Matías Fernández ao Villareal e o empréstimo de três meses conseguido pelo Manchester para ter o bom sueco Larsson, entre outras aquisições. Entretanto, o que mais chama a atenção não é uma assinatura de contrato, e sim o anúncio de que o meia David Beckham jogará nos Los Angeles Galaxy, da liga norte-americana, a partir de agosto, após o término de seu compromisso com o Real Madrid.
Sem espaço no clube merengue desde que o técnico Fabio Capello foi contratado, Beckham foi titular em apenas cinco partidas na Liga Espanhola, e procurou, segundo especulações, uma transferência para a Inter de Milão, pois agradava à sua esposa Victoria Adams a possiblidade de se viver na "capital da moda". Com a negativa do clube de San Siro, apareceu a oportunidade de jogar nos EUA, onde inclusive ele já possui uma escola de futebol. Na seleção inglesa o meia também não vinha obtendo sucesso, sendo que depois da eliminação frente a Portugal na Copa do Mundo nunca mais fora convocado.
Estima-se que o “Spyce Boy” receberá algo em torno de U$1 milhão por semana para jogar em Los Angeles, na soma de salários, acordos comercias e demais rendimentos. Mas a transferência não tem motivos financeiros, garante o jogador, e é explicada pelo grande desafio de alavancar o futebol nos Estados Unidos.